Aprenda Tudo Sobre a Dália

As dálias são flores que encantam à primeira vista. Com suas formas geométricas perfeitas, uma explosão de cores e uma presença marcante nos jardins, elas têm conquistado o coração de jardineiros e amantes de flores ao redor do mundo. Mas você sabia que por trás de sua beleza está uma história cheia de mistérios, simbolismos e curiosidades?

Neste artigo, vamos explorar tudo sobre essa flor fascinante – desde sua origem até os detalhes da sua morfologia e seu papel na história e na jardinagem moderna. Continue lendo e descubra por que cultivar dálias é mais do que um hobby – é um mergulho na natureza e na arte.

Nomes populares

A dália é uma flor amplamente conhecida, e como acontece com muitas espécies botânicas, ela possui diferentes nomes populares ao redor do mundo. Aqui estão alguns deles:

  • Dália (nome mais comum no Brasil e em Portugal)
  • Flor-de-bola
  • Pompons florais (em referência às variedades mais arredondadas)
  • Dahlia (nome internacional, usado em inglês e outras línguas)
  • Flor mexicana (em referência à sua origem)

Espécies científicas

As dálias pertencem ao gênero Dahlia, da família Asteraceae, a mesma dos girassóis e margaridas. A espécie mais cultivada e tema central deste artigo é a Dahlia pinnata, que é híbrida por natureza, resultando de cruzamentos entre espécies silvestres nativas do México.

Existem mais de 40 espécies reconhecidas de dálias e mais de 20 mil cultivares registrados, o que permite uma enorme diversidade de formas e cores. Entre as espécies selvagens mais conhecidas estão:

  • Dahlia coccinea: flores vermelhas vibrantes e folhas finamente recortadas.
  • Dahlia imperialis: conhecida como “dália árvore”, pode atingir até 6 metros de altura.
  • Dahlia merckii: flores pequenas e delicadas, geralmente lilases.

A primeira espécie foi catalogada por Abbé Cavanilles, botânico espanhol, no final do século XVIII. Foi ele quem batizou o gênero em homenagem ao botânico sueco Anders Dahl, discípulo de Carl Linnaeus.

Localização geográfica

Originária das regiões montanhosas do México e América Central, a dália se adaptou com perfeição a climas temperados. Por isso, hoje ela é amplamente cultivada em diversos continentes, especialmente na Europa, América do Norte, Ásia e até mesmo no Brasil, onde o clima de regiões serranas favorece seu florescimento.

Na natureza, elas preferem altitudes elevadas, solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Em jardins domésticos, se adaptam bem ao cultivo em vasos, desde que recebam pelo menos 6 horas de sol direto por dia.

Morfologia

As dálias são verdadeiras obras de arte da botânica. Suas flores são compostas por múltiplas camadas de pétalas que se organizam em formas simétricas, resultando em inflorescências que variam de 5 a 30 cm de diâmetro.

As cores vão do branco puro ao vermelho intenso, passando por tons de rosa, amarelo, laranja, roxo e até mesmo variedades bicolores. As folhas são compostas, de coloração verde escura, com bordas serrilhadas. O caule é ereto, podendo atingir entre 30 cm e 1,5 metro, dependendo da variedade. A raiz é tuberosa, semelhante a um inhame, e funciona como reserva de energia para a planta.

A dália floresce do verão ao outono, oferecendo longa duração e um espetáculo visual único.

História

Há uma antiga lenda asteca que conta que a dália foi criada pelos deuses como presente para uma sacerdotisa que chorava pela morte de seu amado guerreiro. De suas lágrimas nasceram flores que brilhavam como o sol – as dálias. Acreditava-se que elas tinham poderes curativos e espirituais, sendo utilizadas em rituais para fortalecer o espírito e trazer proteção contra o mal.

Na história real, as dálias foram descritas pela primeira vez por europeus no século XVI, após a chegada dos espanhóis ao México. No século XVIII, foram levadas à Europa, onde logo se tornaram populares como flores ornamentais. No século XIX, passaram a ser símbolo de dignidade, elegância e compromisso eterno na linguagem das flores vitoriana.

Gastronomia

Apesar de sua beleza e exuberância, a dália não é comumente utilizada na gastronomia. Algumas espécies possuem tubérculos comestíveis, que já foram consumidos pelas civilizações pré-colombianas. No entanto, seu sabor é considerado neutro ou levemente amargo, e o uso culinário não é difundido. Em geral, as dálias são plantas ornamentais, sem valor gastronômico relevante.

Curiosidades

  • As dálias são a flor nacional do México.
  • Existem variedades conhecidas como “cacto”, por suas pétalas finas e pontiagudas, que lembram espinhos.
  • Em 1846, a dália foi eleita símbolo de gratidão pela rainha Vitória da Inglaterra.
  • A flor tem um dia próprio: a terceira semana de agosto é celebrada como Semana Nacional da Dália em muitos países.
  • A dália é tão diversificada que é considerada a flor com maior número de variações entre as ornamentais.

Conclusão

A dália é mais do que uma flor bonita — é uma manifestação viva da biodiversidade e da criatividade da natureza. Com uma história rica, formas fascinantes e um cultivo relativamente simples, ela se torna ideal tanto para iniciantes quanto para colecionadores apaixonados.

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Referências bibliográficas

  1. Royal Horticultural Society. Dahlia growing guide. RHS.org.uk
  2. CONABIO – Comisión Nacional para el Conocimiento y Uso de la Biodiversidad. Dahlia, la flor nacional de México.
  3. BRETT, M. The Plant Lover’s Guide to Dahlias. Timber Press, 2015.
  4. HOLLAND, P. Dahlia: Selected Varieties and Cultivation Techniques. Gardening Monthly, 2020.
  5. Missouri Botanical Garden. Dahlia pinnata profile. missouribotanicalgarden.org

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