Como Eliminar o Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis)

O bicudo-do-algodoeiro é uma praga originária do México e América Central, que chegou ao Brasil nas primeiras décadas do século XX. É uma praga que causa grandes danos à cultura do algodão e possui um ciclo de vida que se desenvolve dentro da planta. Neste texto, abordaremos informações importantes sobre o bicudo-do-algodoeiro, como sua origem, morfologia, ciclo de vida, identificação, sintomas, danos, controle e ajuda profissional.

Origem e Morfologia

O bicudo-do-algodoeiro tem como origem o México e América Central. No Brasil, essa praga chegou por volta de 1922, se espalhando por todo o país. O nome científico do bicudo-do-algodoeiro é Anthonomus grandis, pertencente à família Curculionidae. É um inseto que mede cerca de 6mm de comprimento, sendo que os machos são menores que as fêmeas. Sua cor é marrom-escuro ou preto, com manchas brancas em seu corpo. Suas principais características morfológicas são suas antenas longas e finas e seus élitros com estrias finas e profundas.

Ciclo de Vida

O ciclo de vida do bicudo-do-algodoeiro é composto por quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulto. A fêmea deposita em torno de 200 ovos na flor e botão floral do algodoeiro. Os ovos eclodem em larvas, que se alimentam dos tecidos da planta, principalmente dos botões florais. A larva passa por três instares e, em seguida, se transforma em pupa, onde ocorre a metamorfose para o estágio adulto. O período de desenvolvimento do ovo ao adulto varia de acordo com a temperatura e umidade ambiental, podendo levar de 20 a 40 dias.

Identificação e Sintomas

A identificação do bicudo-do-algodoeiro pode ser feita através de sua aparência física, principalmente pela presença de manchas brancas em seu corpo. Além disso, é possível identificar sua presença através dos sintomas que a praga causa na planta. Os sintomas mais comuns são a queda de botões florais, a queda de maçãs e a redução na produção de algodão.

Danos

O bicudo-do-algodoeiro é considerado uma das principais pragas da cultura do algodão. Os danos causados por essa praga são a redução na produção do algodão, a queda de botões florais e maçãs, além de provocar um desequilíbrio na planta, deixando-a mais suscetível a outras doenças e pragas.

Ciclo de vida e reprodução

O ciclo de vida do bicudo-do-algodoeiro é composto por quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulto. A fêmea deposita em torno de 200 ovos na flor e botão floral do algodoeiro, preferindo os botões mais novos. Os ovos são colocados individualmente, com a ajuda do ovipositor, em brácteas próximas às flores. Ao eclodir, as larvas se alimentam dos tecidos da planta, principalmente dos botões florais. A larva passa por três instares e, em seguida, se transforma em pupa, onde ocorre a metamorfose para o estágio adulto. A fase de pupa dura em torno de 4 a 6 dias, dependendo das condições climáticas. O período de desenvolvimento do ovo ao adulto varia de acordo com a temperatura e umidade ambiental, podendo levar de 20 a 40 dias.

Identificação e Sintomas

A identificação do bicudo-do-algodoeiro pode ser feita através de sua aparência física, principalmente pela presença de manchas brancas em seu corpo. Além disso, é possível identificar sua presença através dos sintomas que a praga causa na planta. Os sintomas mais comuns são a queda de botões florais, a queda de maçãs e a redução na produção de algodão. É importante destacar que, em alguns casos, a praga pode ser confundida com outras espécies de besouros, o que dificulta sua identificação.

Danos

O bicudo-do-algodoeiro é considerado uma das principais pragas da cultura do algodão. Os danos causados por essa praga são a redução na produção do algodão, a queda de botões florais e maçãs, além de provocar um desequilíbrio na planta, deixando-a mais suscetível a outras doenças e pragas. A praga é responsável por grandes prejuízos econômicos, podendo causar perdas de até 70% da produção.

Controle

Existem diversas medidas de controle que podem ser adotadas para reduzir os danos causados pelo bicudo-do-algodoeiro. O controle químico é uma das principais medidas, utilizando inseticidas específicos para combater a praga. No entanto, é importante ressaltar que o uso excessivo de inseticidas pode levar ao aparecimento de resistência por parte da praga, tornando o controle mais difícil. O controle biológico também pode ser utilizado, através da introdução de predadores naturais do bicudo-do-algodoeiro, como a vespinha Trichogramma sp. Além disso, medidas preventivas como a rotação de culturas, o plantio de variedades resistentes e a limpeza da área de plantio também são importantes para o controle da praga.

Controle Biológico

O controle biológico é uma alternativa ao uso de inseticidas químicos e pode ser utilizado como parte de um programa de manejo integrado de pragas. O controle biológico consiste na introdução de organismos vivos que são inimigos naturais da praga, como parasitoides, predadores e patógenos. No caso do bicudo-do-algodoeiro, uma das principais espécies utilizadas no controle biológico é a vespinha Trichogramma sp. Esses parasitoides depositam seus ovos nos ovos do bicudo-do-algodoeiro, impedindo a eclosão das larvas. O controle biológico apresenta vantagens em relação ao controle químico, como a redução do impacto ambiental e a diminuição do custo do controle.

Controle Químico

O controle químico é uma das principais medidas de controle do bicudo-do-algodoeiro. No entanto, é importante ressaltar que o uso excessivo de inseticidas pode levar ao aparecimento de resistência por parte da praga, tornando o controle mais difícil. Além disso, o uso de inseticidas pode levar à morte de organismos benéficos, como polinizadores e predadores naturais. Por isso, é recomendado que o controle químico seja utilizado de forma integrada com outras medidas de controle.

Medidas Preventivas

Medidas preventivas também são importantes para o controle do bicudo-do-algodoeiro. A rotação de culturas é uma prática que consiste em alternar o cultivo de algodão com outras culturas, reduzindo a pressão da praga sobre o algodoeiro. O plantio de variedades resistentes é outra medida preventiva que pode ser adotada, utilizando variedades que apresentam resistência ao bicudo-do-algodoeiro. Além disso, a limpeza da área de plantio, a eliminação de restos culturais e a adoção de boas práticas agrícolas são importantes para reduzir a incidência da praga.

Ajuda Profissional

Caso haja dificuldades em identificar o bicudo-do-algodoeiro ou em adotar medidas de controle, é recomendado buscar ajuda profissional. Consultores agrícolas e agrônomos podem auxiliar no diagnóstico da praga e na escolha das medidas de controle mais adequadas para cada situação.

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    Conclusão

    O bicudo-do-algodoeiro é uma praga que causa grandes danos à cultura do algodão. Seu ciclo de vida dentro da planta dificulta seu controle, mas existem diversas medidas que podem ser adotadas para reduzir os danos causados pela praga, como o controle biológico, o controle químico e medidas preventivas. É importante estar atento aos sintomas causados pela praga e adotar medidas preventivas para evitar sua proliferação. A adoção de um programa de manejo integrado de pragas pode ser a melhor estratégia para o controle do bicudo-do-algodoeiro.

    Referências Bibliográficas

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