Plante a Romã em 5 Pasos Fáceis!

A romãzeira (Punica granatum) é uma frutífera de grande valor ornamental e medicinal, amplamente cultivada em climas tropicais e subtropicais. Seu cultivo em vasos tem se tornado cada vez mais popular, permitindo que mesmo quem mora em espaços reduzidos desfrute de seus frutos e flores vibrantes. Neste artigo, você aprenderá todas as etapas para cultivar romã em vasos, desde a escolha do recipiente até os cuidados com a colheita.

Escolhendo o Vaso e o Solo Ideal

Para garantir uma romã (Punica granatum) saudável e produtiva, comece escolhendo um vaso de tamanho generoso: o ideal é um recipiente de 50 a 60 cm de diâmetro e pelo menos 40 cm de profundidade. Vasos de fibra de coco ou barro são excelentes para climas úmidos, pois permitem melhor troca de ar e drenagem, enquanto os de plástico rígido retêm um pouco mais de umidade — útil em regiões muito quentes.

Independentemente do material, certifique-se de que haja ao menos quatro a seis furos no fundo e faça uma camada de brita ou pedriscos de 3 a 5 cm antes de colocar o substrato. Para o solo, misture 40 % de terra vegetal de qualidade, 30 % de areia grossa (ou perlita) e 30 % de matéria orgânica, como composto ou húmus de minhoca. Ajuste o pH para valores entre 6,0 e 7,5 com calcário dolomítico, se necessário, e considere a solarização ou a esterilização térmica para eliminar fungos e pragas antes do uso.

Preparando e Fazendo o Plantio

No hemisfério Sul, o momento ideal de plantio é no fim da primavera ou início do outono, quando as temperaturas são amenas e favorecem o enraizamento. Se for usar sementes, retire bem o arilo de frutos maduros, lave e deixe-as secar por 24 horas; depois, coloque-as entre papel toalha úmido até germinar em duas a quatro semanas. Para mudas enxertadas — recomendadas se você quiser frutos em apenas um a dois anos — escolha variedades adaptadas ao clima local, como “Wonderful” para regiões mediterrâneas ou “Acco” para áreas mais frias.

Monte o vaso iniciando com a camada de drenagem, acrescente o substrato deixando 5 cm de folga na borda e cave um buraco central do tamanho do torrão da muda. Posicione a planta de modo que o colo fique ligeiramente acima do nível do solo, compacte levemente o substrato para eliminar bolsões de ar e regue até a água escorrer pelos furos. Finalize com uma cobertura morta (palha, folhas secas ou lascas de madeira) de 2 a 3 cm para conservar a umidade e controlar ervas-daninhas.

Cuidados Durante o Crescimento

Nos primeiros dois meses após o plantio, mantenha o substrato constantemente úmido, com regas diárias leves em dias quentes. Após esse período de estabelecimento, regue em média uma a duas vezes por semana, ajustando conforme a estação e o tamanho do vaso — em geral, o solo deve secar levemente na superfície entre cada rega. A cada primavera e verão, aplique cerca de 100 g de uma fórmula NPK 10-10-10 ou 14-14-14 por planta, alternando com uma adubação orgânica com chorume de húmus (uma xícara por ciclo) ou farinha de osso (50 g a cada seis meses).

Realize poda de formação no primeiro ano, deixando de três a cinco ramos principais e removendo brotações baixas; nos anos seguintes, faça poda de limpeza logo após a frutificação, retirando galhos secos, doentes ou muito vigorosos, além de conduzir dez a doze brotações bem espaçadas em cada ramo. Para pragas como pulgões e cochonilhas, inspecione semanalmente e aplique calda de fumo ou óleo de neem ao primeiro sinal de infestação; evite fungos promovendo boa circulação de ar e não molhando as folhas à noite, e use fungicidas orgânicos à base de enxofre de forma preventiva contra oídio e alternaria.

Como e Quando Colher

Sua romã começará a frutificar entre dois e três anos se plantada via muda enxertada (ou em torno de quatro anos a partir de sementes). O ponto de colheita é indicado pela cor intensa da casca — que varia conforme a variedade, do amarelo-avermelhado ao vermelho-escuro — e pela sonoridade “oco” ao bater levemente no fruto com a unha. Para colher, utilize tesoura de poda ou faca afiada, cortando o pedúnculo de forma a deixar 1 a 2 cm de caule preso ao fruto; isso evita ferimentos e entrada de doenças.

Após a colheita, limpe os frutos com pano seco (não lave) e armazene-os entre 10 e 15 °C, com umidade relativa de 85–90 % em embalagem plástica perfurada — assim podem durar até duas semanas. Para usos mais artesanais ou comerciais, transforme em sucos pasteurizados, xarope, geleias ou até vinagre de romã, ou embale as frutas inteiras como presentes, agregando valor com rótulos personalizados.

Dicas Extras para Sucesso

Embora a romã seja auto-fértil, a presença de polinizadores, como abelhas, aumenta significativamente a produção; em locais com pouca atividade natural, agite levemente os ramos floridos ou use um pincel macio para espalhar o pólen manualmente. Gire o vaso quinzenalmente para que todas as faces recebam luz uniformemente, garantindo de seis a oito horas de sol direto por dia.

Nos meses mais frios, proteja o vaso com manta térmica ou cubra a copa durante geadas leves. A cada dois anos, avalie repotar em um vaso ligeiramente maior, renovando cerca de 50 % do substrato e adicionando nova matéria orgânica, pois isso previne raízes espiraladas e mantém a planta vigorosa. Com esses cuidados, sua Punica granatum ficará forte, saudável e altamente produtiva, oferecendo romãs suculentas ano após ano.

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