Como Eliminar o Pulgão (Aphis spp.)

O pulgão, também conhecido como afídeo, é uma praga que ataca diversas culturas agrícolas em todo o mundo. O nome científico da espécie é Aphis spp., que abrange várias subespécies de pulgões. Neste texto, abordaremos detalhadamente aspectos como origem, morfologia, ciclo de vida, identificação, sintomas, danos, controle e referências bibliográficas sobre o pulgão.

Origem

O pulgão é originário da Ásia, mas atualmente está presente em todo o mundo. A espécie Aphis spp. é composta por diversas subespécies com diferentes distribuições geográficas. Essa praga é considerada uma das mais importantes em culturas agrícolas, pois pode causar danos significativos às plantações.

Morfologia

O pulgão apresenta uma morfologia característica. Sua coloração pode variar entre verde, amarelo, preto, marrom e rosa, dependendo da subespécie. As antenas são curtas e finas, enquanto as pernas são longas e finas, adaptadas para se fixar nas plantas. O tamanho varia de acordo com o estágio de desenvolvimento, mas geralmente é menor que 5mm.

Ciclo de vida

O ciclo de vida do pulgão é composto por quatro estágios: ovo, ninfa, pupa e adulto. A reprodução é assexuada, ou seja, não há necessidade de um parceiro para se reproduzir. O pulgão pode se reproduzir rapidamente, gerando um grande número de indivíduos em pouco tempo. A espécie é conhecida por ter um alto potencial reprodutivo.

Identificação

A identificação do pulgão pode ser feita através da observação de suas características morfológicas. Além disso, é possível identificar sua presença através da observação de folhas enroladas, frutos deformados e manchas nas folhas. A presença de formigas também pode ser um indicativo de infestação por pulgões, já que elas costumam se alimentar do melado produzido pelos pulgões.

Sintomas

Os sintomas da presença de pulgões nas plantações incluem folhas amareladas, enroladas e deformadas. Além disso, é possível observar a presença de formigas, que se alimentam do melado produzido pelos pulgões. As plantas infectadas podem apresentar um crescimento reduzido e uma produção menor de frutos.

Danos

O pulgão pode causar danos significativos às plantações. A praga se alimenta da seiva das plantas, o que pode levar à desidratação e à morte das mesmas. Além disso, a saliva do pulgão pode transmitir vírus e bacterias, o que pode levar a doenças nas plantas. A produção de frutos pode ser reduzida e o valor comercial das plantações pode ser afetado.

Controle

Existem diversas formas de controle do pulgão, que podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas para um maior sucesso no combate à praga. O controle químico, biológico e medidas preventivas são as principais abordagens para o controle do pulgão.

Controle Químico

O controle químico pode ser feito através da aplicação de inseticidas específicos para essa praga. Os inseticidas devem ser aplicados de acordo com as recomendações do fabricante e do agrônomo responsável. A escolha do inseticida deve ser baseada na eficácia, toxicidade, persistência e seletividade para outras espécies. No entanto, é importante ressaltar que o uso excessivo de inseticidas pode levar ao surgimento de resistência nos pulgões. A resistência ocorre quando os indivíduos sobreviventes à aplicação do inseticida se reproduzem, gerando uma população resistente ao produto. Por esse motivo, o controle químico deve ser utilizado com cautela e somente quando outras medidas não forem eficazes.

Controle Biológico

O controle biológico pode ser feito através da introdução de predadores naturais dos pulgões, como joaninhas e crisopídeos. Esses predadores se alimentam dos pulgões, reduzindo a população da praga. Além disso, a introdução de parasitoides, como vespas e moscas, também pode ser eficaz no controle do pulgão. Os parasitoides depositam seus ovos dentro do corpo dos pulgões, matando-os e controlando a população da praga. O controle biológico é uma opção mais sustentável e ecologicamente correta do que o controle químico, pois não utiliza produtos químicos e não afeta outras espécies.

Medidas Preventivas

Medidas preventivas, como a rotação de culturas e a manutenção da saúde das plantas, também podem ser eficazes no controle da praga. A rotação de culturas consiste em alternar as culturas plantadas em uma determinada área, reduzindo a população de pulgões que se alimentam de uma única cultura. Além disso, a manutenção da saúde das plantas, como a adubação adequada, o controle de outras pragas e o manejo adequado da irrigação, pode tornar as plantas menos vulneráveis ao ataque do pulgão.

Conclusão

O pulgão é uma praga que pode causar danos significativos às plantações. É importante identificar sua presença e adotar medidas de controle adequadas para evitar prejuízos econômicos. O controle químico deve ser utilizado com cautela, de forma a evitar a resistência dos pulgões. O controle biológico e as medidas preventivas devem ser considerados como opções eficazes no controle do pulgão.

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    Referências Bibliográficas

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